sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Boas Férias



Queridos alunos:
Mais um ano se finda,
Mais um ano de muitas vitórias,
Algumas derrotas, que a vida é assim,
MAS,
Finalmente, FÉRIAS. 
Que vocês e todos nós merecemos.

Forte abraço...
E até Fevereiro

Hay

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A moda do vegetarianismo – e seus riscos



Combater o aquecimento global e evitar o sofrimento dos animais são duas das razões comumente evocadas por quem deixa de comer carne. Se você está pensando em tomar essa decisão, saiba quais são os riscos de adotar uma dieta exclusivamente vegetariana e aprenda como driblá-los com o endocrinologista e nutrólogo João César Castro Soares, da Universidade Federal de São Paulo.


Veja a íntegra na Revista Época

domingo, 5 de outubro de 2008

O REI E O PALHAÇO

Volta e meia deixarei aqui letras de canções pouco conhecidas para reflexão, como esta de um artista brasileiro extraordinário, um pesquisador da nossa cultura que vale a pena conhecer:

Antonio Nóbrega e Bráulio Tavares

Sua coroa é de ouro,
o meu chapéu é de palha.
A sua cota é de malha,
o meu gibão é de couro.
Sua justiça é no foro,
minha lei é o consenso.
O seu reinado é imenso,
minha casa é meu país.
Você é preso ao que diz,
eu digo tudo o que penso.

Você vem com a arma erguida,
eu vou abaixando a guarda.
Você vem vestindo a farda,
eu de roupa colorida.
Você disputa corrida,
eu corro pra relaxar.
Sua marcha é militar,
a minha é de Carnaval.
Seu traje é de general,
eu visto pena e cocar.

Você liga a motosserra,
eu planto flor no cerrado.
Você só anda calçado,
eu piso com o pé na terra.
Você quer vencer a guerra,
eu quero ganhar a paz.
Você busca sempre mais,
eu só quero o que é meu.
Você se acha europeu,
eu sou dos canaviais.

Você vem com a força bruta,
eu vou com a ginga mansa.
Você vem erguendo a lança,
e eu erguendo a batuta.
Você me traz a cicuta,
eu lhe dou chá de limão.
Você diz que é capitão,
eu só sou um mensageiro.
Você é um brigadeiro,
eu sou só um folgazão.

Do CD/DVD Lunário Perpétuo, de Antonio Nóbrega

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Não Caia na Deles



Aí galera, estou iniciando uma campanha contra o cigarro na nossa escola. Vamos nessa? Além de valer ponto na educação física, sua adesão vale saúde, vale vida!
Divulgue para os colegas. Cartazes valem 1,0 ponto, criação/participação em comunidade no Orkut valem, respectivamente 0,5 e 0,25. Fiquem espertos!


Tabagismo Passivo


Define-se tabagismo passivo como a inalação da fumaça de derivados do tabaco (cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo e outros produtores de fumaça) por indivíduos não-fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados.
A fumaça dos derivados do tabaco em ambientes fechados é denominada poluição tabagística ambiental (PTA) e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), torna-se ainda mais grave em ambientes fechados. O tabagismo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, subseqüente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool (IARC, 1987; Surgeon General, 1986; Glantz, 1995).
O ar poluído contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro. A absorção da fumaça do cigarro por aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes causa:
1 - Em adultos não-fumantes:
• Maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça;
• Um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem.
2 - Em crianças:
• Maior freqüência de resfriados e infecções do ouvido médio;
• Risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exarcebação da asma.
3 - Em bebês:
• Um risco 5 vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil);
• Maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.

Fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos da poluição tabagística ambiental, tais como, irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias e aumento dos problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor no peito).
Outros efeitos a médio e longo prazo são a redução da capacidade funcional respiratória (o quanto o pulmão é capaz de exercer a sua função), aumento do risco de ter aterosclerose e aumento do número de infecções respiratórias em crianças.
Os dois componentes principais da poluição tabagística ambiental (PTA) são a fumaça exalada pelo fumante (corrente primária) e a fumaça que sai da ponta do cigarro (corrente secundária). Sendo, esta última o principal componente da PTA, pois em 96% do tempo total da queima dos derivados do tabaco ela é formada. Porém, algumas substâncias, como nicotina, monóxido de carbono, amônia, benzeno, nitrosaminas e outros carcinógenos podem ser encontradas em quantidades mais elevadas. Isto porque não são filtradas e devido ao fato de que os cigarros queimam em baixa temperatura, tornando a combustão incompleta (IARC, 1987).

Em uma análise feita pelo INCA, em 1996, em cinco marcas de cigarros comercializados no Brasil, verificou-se níveis duas 2 vezes maiores de alcatrão, 4,5 vezes maiores de nicotina e 3,7 vezes maiores de monóxido de carbono na fumaça que sai da ponta do cigarro do que na fumaça exalada pelo fumante. Os níveis de amônia na corrente secundária chegaram a ser 791 vezes superior que na corrente primária. A amônia alcaliniza a fumaça do cigarro, contribuindo assim para uma maior absorção de nicotina pelos fumantes, tornando-os mais dependentes da droga e é, também, o principal componente irritante da fumaça do tabaco (Ministério da Saúde, 1996).

Fonte: Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Instituto Nacional de Câncer - INCA.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

1 de setembro: Dia do Profissional de Educação Física

Estudo conclui que o professor de educação física não leva adolescente a prática de atividade física

Diversos fatores levam os adolescentes à prática de atividades físicas, mas o professor de educação física não é um deles. A conclusão é de um estudo feito por pesquisadores da Universidade do Porto, em Portugal, da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro.

O estudo de revisão da literatura científica publicado na revista Cadernos de Saúde Pública, no entanto, aponta divergências entre as pesquisas que abordam determinantes demográficos, biológicos, psicológicos e socioculturais da prática de atividades físicas entre adolescentes.

Além disso, o trabalho apontou que a condição socioeconômica elevada e a participação da família influenciaram positivamente a prática de atividades pelo adolescente. O dado mais preocupante foi que o professor de educação física pareceu não representar um fator propiciador da atividade física.

“É importante perceber que um comportamento tão complexo e multifatorial, como é a atividade física, não é explicado por uma única variável, ou por uma teoria interpretativa qualquer. Uma conclusão bem relevante das pesquisas epidemiológicas de natureza analítica é que, da variável total da atividade física, a percentagem atribuída aos fatores determinantes se situa entre os 10% e 30%”, afirmou um dos autores do estudo, André Seabra, professor da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, à Agência FAPESP.

Na revisão foram incluídos apenas estudos efetuados com amostras superiores a cem adolescentes com idades entre dez e 18 anos, que adotaram delineamentos de pesquisa transversal e que utilizaram questionários.

Para a pesquisa dos artigos foram consultadas as bases de dados Medline e SportDiscus, entre 1977 e 2006, utilizando-se as palavras-chave em inglês “physical activity”, “sport participation”, “demographic-biological and social-cultural determinants” e “adolescents”.

De acordo com Seabra, é natural que os resultados encontrados sejam divergentes, mas é preocupante que não haja algum consenso a respeito da influência positiva do professor de educação física na atividade física dos alunos, visto que ele deveria ser um dos principais motivadores nessa relação.

“Não existe outro grupo social que esteja tão bem preparado para prevenir a inatividade física como o dos profissionais de educação física. Esse grupo profissional terá efetivamente, a muito curto prazo, de estar envolvido no desenvolvimento e implementação de estratégias e programas que tenham como principal objetivo o aumento dos níveis de atividade física de crianças e adolescentes”, afirmou.

A disciplina de educação física, que segundo o professor português tem sido historicamente justificada pelos objetivos de caráter físico, social e moral, precisaria englobar em seus programas objetivos da área da saúde pública. “É importante destacar que o principal desafio que se coloca atualmente a esses profissionais é o de conseguir atuar em conjunto com os profissionais da saúde pública”, enfatizou.

Segundo Seabra, a execução do estudo foi difícil devido à diversidade de conceitos e expressões utilizados. Em muitos dos trabalhos epidemiológicos analisados, conceitos como atividade física e prática esportiva eram freqüentemente utilizados como sendo sinônimos quando, na realidade, refletiam estruturas conceituais e operacionais distintas.

“Um outro aspecto não mencionado no texto, mas também considerado, disse respeito à região geográfica em que a investigação foi sido realizada. Como se sabe, tentar extrapolações de resultados provenientes de diferentes regiões é uma tarefa problemática, dado que, realidades históricas, sociais, culturais, políticas, econômicas e climáticas distintas têm influência muito diversa na atividade física”, explicou.

A idade se mostrou um dos determinantes biológicos mais estudados. A grande maioria dos trabalhos concordou que a atividade física é um comportamento que tende a diminuir em ambos os gêneros à medida que a idade aumenta. “No entanto, salientamos a existência de algumas pesquisas, realizadas por exemplo em Portugal, que mostram um aumento dos níveis de atividade física com o aumento da idade”, disse.

Tal pai, tal filho

O estudo também ressalta o fato de que os hábitos de atividade física na família ajudam a influenciar as atividades físicas. Segundo o trabalho, os pais e os pares parecem ser o elemento crítico no desenvolvimento da criança e do jovem em realização ao interesse e à participação nesse tipo de atividade.

“Parece ser evidente, na literatura consultada, que os pais ativos tendem a ter filhos igualmente ativos. Essa influência positiva dos progenitores se verifica por meio da modelação de comportamentos e das oportunidades de participação em atividades físicas e de acesso a equipamentos desportivos”, disse o professor da Universidade do Porto.

O estudo identificou que, na literatura, o aspecto socioeconômico também foi um fator determinante na prática de atividade física. Mas, segundo Seabra, os resultados são pouco consensuais, não permitindo identificar com clareza o sentido e a magnitude dessa associação.

“Tivemos alguns problemas na análise da leitura, uma vez que eram diversas as formas de avaliação do estatuto socioeconômico, como rendimento familiar, formação acadêmica, atividade profissional. Apesar dessas dificuldades, a grande maioria das pesquisas parece mostrar que as crianças e adolescentes de baixa renda tendem a estar em desvantagem na prática de atividade física”, apontou.

O problema principal reside, segundo ele, na hierarquia de cada um dos aspectos estudados. Por conta disso, seria importante identificar e hierarquizar a contribuição que diferentes fatores têm na explicação da atividade física. “Só dessa forma seria possível desenvolver programas de intervenção que contribuíssem para a diminuição dos baixos níveis de atividade física evidenciados entre adolescentes”, disse.

Seabra defende a necessidade de se efetuar um reformulação nos programas de disciplina de educação física, principalmente em relação objetivos e das matérias e conteúdos, de forma a conseguir manter altos níveis de participação, motivação e prazer nas crianças e adolescentes pela prática de atividade física.

“Em uma sociedade em que hábitos e comportamentos dos indivíduos parecem contribuir significativamente para o aumento da epidemia das doenças cardiovasculares e crônicas, existe uma clara razão para orientar parte dos objetivos da disciplina de educação física na área da educação para a saúde e a aquisição conseqüente de estilos de vida mais ativos”, destacou.

Fonte: Agência FAPESP

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Encerramento: Beijing 2008




Olimpíada termina com 43 recordes mundiais batidos

A Olimpíada de Pequim que se encerrou neste domingo deixou como legado para a história a grandiosidade das suas instalações e alguns números marcantes, como os 43 recordes mundiais batidos nessas quase três semanas de disputas, sem falar nas 132 novas marcas olímpicas.

Entre os responsáveis pelas novas marcas, podemos citar a russa Elena Isinbaeva, que conseguiu 5,05 m no salto com vara, o jamaicano Usain Bolt, que marcou 9s69 nos 100 m rasos do atletismo, ou o fenômeno Michael Phelps, que entre as oito medalhas de ouro obtidas, ajudou a equipe norte-americana a estabelecer a nova marca nos 4 x 100 m livre, melhorando em quase 4s, marcando 3min08s24.

COI admite superioridade chinesa na formação de atletas de ponta Além disso, a Olimpíada 2008 teve a participação de 204 países o maior número da história, sendo que 87 deles conseguiram ao menos uma medalha, outra marca inédita até aqui. Países como Afeganistão, Ilhas Mauricio, Tajiquistão e Togo ficaram pela primeira vez entre os três primeiros enquanto que o primeiro ouro foi conquistado por Bahrein, Mongólia e Panamá.

A preocupação com o doping resultou na maior série de exames já realizados nos atletas. Antes mesmo do início dos jogos, 40 competidores foram pegos no antidoping e suspensos, e apenas quatro caíram na malha fina dos médicos durante os Jogos.

Para finalizar, a China, que se esforçou tanto para construir estádios e arenas com a mais alta tecnologia, contou com a ajuda fundamental de mais de 500 mil voluntários para receber os visitantes, atletas e profissionais que cobriram a grande festa do esporte.

Fonte: Portal Terra - Notícias - Olimpíada - 25/08/2008

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Beijing 2008





Cerimônia de Abertura.

Big Close


"Muita gente chora por aqui. Chora de emoção, chora quando vence, ou quando perde. Choram aqueles que imaginavam ganhar e erram. Choram aqueles que esperaram tanto para vencer e não rejeitam a emoção. Eu mesmo me emocionei várias vezes, não cheguei a chorar (cinco olimpíadas te dão uma certa casca), mas me comoveu. Fabiana Murer, nossa atleta do salto com vara, chorou porque errou, porque não achavam sua vara."


O autor é Ricardo Corrêa, 41 anos, fotógrafo com 24 anos de carreira. É a sua quinta cobertura de Olimpíadas.

Um blog para quem quer ver de perto o que acontece nas quadras, campos e tatames – onde só os fotógrafos têm acesso.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

Queridos alunos, sei que em período de férias (curtinhas, por sinal!) vocês não querem saber de estudo, mas aqueles "nerds" que visitarem nosso blog nesses dias poderão se deliciar com as regras do novo acordo ortográfico dos países de língua portuguesa ao qual todos devemos ir nos adaptando. Boas férias!

Alfabeto
Nova Regra / Regra Antiga / Como Será
O alfabeto é agora formado por 26 letras O 'k', 'w' e 'y' não eram consideradas letras do nosso alfabeto. Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron, byroniano

Trema
Nova Regra / Regra Antiga / Como Será
Não existe mais o trema em língua portuguesa. Apenas em casos de nomes próprios e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, frqüência, freqüente, eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo, lingüiça aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim, tranquilo, linguiça.

Acentuação
Nova Regra / Regra Antiga / Como Será
Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico
obs: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis.
obs2: o acento no ditongo aberto 'eu' continua: chapéu, véu, céu, ilhéu.

Nova Regra / Regra Antiga / Como Será
O hiato 'oo' não é mais acentuado enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, môo, abençôo, povôo enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo
O hiato 'ee' não é mais acentuado crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem

Nova Regra / Regra Antiga / Como Será
Não existe mais o acento diferencial em palavras homógrafas pára (verbo), péla (substantivo e verbo), pêlo (substantivo), pêra (substantivo), péra (substantivo), pólo (substantivo) para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo (substantivo), pera (substantivo), pera (substantivo), polo (substantivo)
Obs: o acento diferencial ainda permanece no verbo 'poder' (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo - 'pôde') e no verbo 'pôr' para diferenciar da preposição 'por'

Nova Regra / Regra Antiga / Como Será
Não se acentua mais a letra 'u' nas formas verbais rizotônicas, quando precedido de 'g' ou 'q' e antes de 'e' ou 'i' (gue, que, gui, qui) argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, enxagúemos, obliqúe argui, apazigue,averigue, enxague, ensaguemos, oblique
Não se acentua mais 'i' e 'u' tônicos em paroxítonas quando precedidos de ditongo baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha, feiúra, feiúme baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura, feiume

Hífen
Nova Regra / Regra Antiga / Como Será
O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por 'r' ou 's', sendo que essas devem ser dobradas ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidae, auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senso, contra-regra, contra-senha, extra-regimento, extra-sístole, extra-seco, infra-som, ultra-sonografia, semi-real, semi-sintético, supra-renal, supra-sensível antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirromântico, arquirrivalidade, autorregulamentação, contrassenha, extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, inrarrenal, ultrarromântico, ultrassonografia, suprarrenal, suprassensível
obs: em prefixos terminados por 'r', permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente etc.

Nova Regra / Regra Antiga / Como Será
O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por outra vogal auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático, semi-embriagado, semi-obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado autoafirmação, autoajuda, autoaprendizabem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiautomático, semiárido, semiembriagado, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado.
Obs: esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico etc.
Obs2: esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por 'h': anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc.

Nova Regra / Regra Antiga / Como Será
Agora utiliza-se hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal. antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperialista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus, microorgânico anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas, micro-ônibus, micro-orgânico
obs: esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo termina com vogal + palavra inicia com vogal diferente = não tem hífen; prefixo termina com vogal + palavra inicia com mesma vogal = com hífen
obs2: uma exceção é o prefixo 'co'. Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal 'o', NÃO utliza-se hífen.


Nova Regra / Regra Antiga / Como Será
Não usamos mais hífen em compostos que, pelo uso, perdeu-se a noção de composição manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-vento mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa, pára-choque, paravento
Obs: o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constiui unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc.

Observações Gerais
O uso do hífen permanece Exemplos
Em palavras formadas por prefixos 'ex', 'vice', 'soto' ex-marido, vice-presidente, soto-mestre
Em palavras formadas por prefixos 'circum' e 'pan' + palavras iniciadas em vogal, M ou N pan-americano, circum-navegação
Em palavras formadas com prefixos 'pré', 'pró' e 'pós' + palavras que tem significado próprio pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação
Em palavras formadas pelas palavras 'além', 'aquém', 'recém', 'sem' além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número, sem-teto

Não existe mais hífen Exemplos Exceções
Em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais) cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, acerca de etc. água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à queima-roupa

Por: Marília Mendes

quarta-feira, 25 de junho de 2008

A paixão que se levou para Lisboa

Casa de Macau junta adeptos de tai chi




A cultura chinesa deixa marcas àqueles que passam por Macau. No caso de Isabel Soares e de algumas alunas de tai chi da Casa de Macau em Lisboa, a herança traduz-se na paixão pela arte marcial que alia a beleza dos movimentos à paz de espírito.

Laura Bastos

No final de um dia apressado na capital portuguesa, um grupo de pessoas junta-se na Casa de Macau em Lisboa para praticar uma arte marcial que preconiza a quietude e a harmonia, o tai chi chuan. As aulas, para principiantes e praticantes de longa data, são frequentadas por cerca de duas dezenas de alunos, alguns com ligações próximas a Macau.
É o caso da instrutora Isabel Soares, de 54 anos, actualmente campeã nacional da modalidade. A instrutora, e também magistrada, confessa ao Hoje Macau que se apaixonou pelo tai chi quando conheceu Macau, para onde viajou em 1988, juntamente com o “conjunto de técnicos que se deslocou para o território para assegurar o processo de transferência de soberania”. Isabel Soares já era fã das artes marciais, tendo praticado judo quando era mais nova. No tai chi viu a possibilidade de continuar a exercitar uma arte marcial que inclui não só o aspecto físico desta prática mas também a filosofia chinesa. De acordo com a instrutora, o tai chi tem a vantagem de se poder começar tarde e praticar até tarde, embora seja muito exigente e difícil.
Isabel Soares optou pelo estilo chen do tai chi chuan levado pelo seu mestre, Lei Man Iam. Este estilo caracteriza-se por evidenciar a natureza marcial do tai chi chuan, comportando mais tensão nos movimentos e mais gravidade, sendo também a vertente mais antiga da modalidade, explica Isabel Soares. Ainda no território, foi instrutora de uma pequena classe, da qual faziam parte alguns alunos que hoje praticam tai chi na Casa de Macau em Lisboa. A magistrada permaneceu no território até 1999, altura em que regressou para Portugal por razões familiares, transportando para a capital portuguesa o estilo chen, muito importante na actual RAEM.
Em Portugal, a instrutora deu conta de um crescente interesse pelo tai chi chuan no país, pois nos “anos 80 não se ouvia falar sequer” na modalidade. De acordo com Isabel Soares, o tai chi conquista adeptos porque conjuga vários factores. Além da beleza de movimentos, pode aliar-se à música, permitindo também o uso de diferentes tipos de armas e do leque. Mas a modalidade exige, sobretudo, uma aprendizagem que nos “põe em forma mentalmente”. “As pessoas sentem a necessidade de algo mais do que queimar calorias”, acredita Isabel Soares.

Combater o stress da cidade

Uma das alunas da magistrada é Isabel Lagoa, de 63 anos, professora reformada que leccionou em Macau entre 1988 e 1999. Logo nos primeiros tempos que esteve no território, a professora tentou aprender mais sobre a cultura chinesa, começando pelo estudo do mandarim. Iniciou depois a aprendizagem do estilo yang do tai chi chuan, embora a modalidade se tenha revelado demasiado difícil. Depois da primeira desistência, Isabel Lagoa voltou ao tai chi, mas desta vez com o estilo chen. Entendendo a prática da modalidade como um desafio, quando voltou para Portugal e se reformou da carreira de docente voltou à arte marcial com a equipa da Casa de Macau.
Para Isabel Lagoa, o tai chi chuan ajuda-a manter uma postura física correcta, além de “fazer bem em termos psicológicos”. O tai chi é ainda uma forma de combater o stress da cidade grande. “Demoro mais de uma hora a chegar à Casa de Macau mas não tem importância porque saio daqui satisfeita”, salienta.
A vida em Lisboa faz com que sinta saudades de Macau, onde se podia fazer “milhares de coisas num dia” e onde tudo era mais fácil, afirma a professora. Por isso, não exclui a possibilidade de voltar para o território.
Ao contrário de Isabel Soares e Isabel Lagoa, Maria do Sameiro, de 54 anos, não tem qualquer ligação com Macau, mas sim à cultura e medicina chinesa, nomeadamente à acupunctura. “Comecei por ser ajudante de um mestre de acupunctura”, conta, sublinhando que sempre teve igual interesse pelas artes marciais. No entanto, sofreu algumas lesões e deixou de poder praticar, até encontrar o tai chi. A devoção total à prática da modalidade veio mais tarde com as instruções de Isabel Soares, com quem pratica também aos sábados e domingos de manhã no Jardim da Fundação Gulbenkian.
Maria do Sameiro é, juntamente com a instrutora, uma das melhores alunas da Casa de Macau, tendo já ganho o 2º lugar no campeonato português de tai chi chuan. “Nunca pensei ser campeã depois de ser avó”, brinca. Para Maria do Sameiro, o tai chi proporciona sobretudo paz interior. “Faz bem ao corpo e ao espírito”, diz. O grupo pratica a modalidade numa sala da Casa de Macau e junta-se todas as terças e quintas-feiras neste local silencioso plantado ao lado da movimentada Avenida Almirante Gago Coutinho.

O início

Segundo o “Portugal Tai Chi Centre”, o tai chi chuan é uma arte marcial chinesa com cerca de 400 anos, oriunda da aldeia de Chenjiagou, província de Henan, na China. A sua origem lendária é atribuída ao mestre taoista Chang San Feng, que defendia a supremacia da leveza e flexibilidade sobre a força bruta e a rigidez. Desta forma, “codificou os princípios da circularidade e não – resistência nos movimentos corporais, concebendo a técnica do tai chi chuan”. Ao longo dos tempos, foram desenvolvidas diferentes escolas ou estilos do Tai Chi Chuan. Na actualidade, os principais estilos são: chen, yang, wu, sun e woo. O estilo chen do tai chi chuan é uma sequência de movimentos suaves e lentos combinados com movimentos rápidos e dinâmicos, realizados de uma forma equilibrada e natural.

Encontrar o equilíbrio

Além de ser uma arte marcial, o tai chi exige uma tranquilidade e um equilíbrio que se reflecte na vida quotidiana dos praticantes, acreditam os instrutores da modalidade Diogo Sant’ana, João Oliveira Martins e Sérgio Terramoto.
“Encontrar o equilíbrio nas relações e no trabalho e viver melhor emocionalmente” são algumas das benesses atribuídas à prática do tai chi chuan pelo instrutor da modalidade da Escola de Artes Marciais Chinesas She-si, Diogo Sant’ana. O instrutor acredita que o tai chi exige uma concentração que não é comum na vida quotidiana dos países ocidentais. “O tai chi exige que se vá até ao fundo das coisas e isso estabelece uma analogia com a nossa própria vida”, salientou Diogo Sant’ana.
Segundo o instrutor, actualmente a escola do Porto tem cerca de 80 praticantes de tai chi. “Muitos vêm por indicação médica, não conhecem o tai chi chuan mas ouviram falar”, conta, acrescentando que hoje em dia as pessoas dão muita importância à forma física, por isso vão muito ao ginásio, mas na verdade “precisam de um exercício que as faça parar”.
No entanto, o instrutor sublinha que o tai chi que se ensina nos países ocidentais nada tem que ver com a modalidade originária da China. Hoje em dia, apostou-se no mercado da oferta de ensino das artes que pressupõem um exercício mais interno do que externo, algo que não havia até há pouco tempo no Ocidente, salienta o instrutor, explicando que por isso se criou “um pseudo tai chi para pessoas mais velhas”. De facto, “o tai chi chuan exige muito do corpo”, diz.
Já em Lisboa, o responsável da Associação de Tai Chi Taoista de Portugal, João Oliveira Martins, reconhece que se verifica um grande interesse dos portugueses pela modalidade. Muitos recorrem à associação para satisfazer a curiosidade, embora “uns fiquem e outros não”. João Oliveira Martins acredita que “cada pessoa tem a sua resposta quanto à razão porque escolheram o tai chi chuan”. “Uns pelos benefícios físicos imediatos, outros pelo desafio de trabalhar a forma e muitos porque deixam os problemas lá fora durante as aulas”, salienta.
A associação dedica-se a um estilo mais virado para o trabalho da postura física, do estiramento da coluna e da flexibilidade do corpo. De momento, tem 120 membros a nível nacional e está ligada à “International Taoist Tai Chi Society”, seguidora do mestre Moy Lin-Shin.
Por sua vez, Sérgio Terramoto, responsável pelo recém-criado Portugal Tai Chi Centre, salientou ao Hoje Macau que a actividade do centro tem corrido bem, embora não sejam “muitas as pessoas que procuram a tranquilidade do tai chi, sendo que preferem o stress e as modalidades mais activas”. O centro, no qual se ensina o estilo chen, conta com cerca de duas dezenas de pessoas e a tendência é para aumentar, afirmou o instrutor.
Sérgio Terramoto salienta ainda que o tai chi chuan cultiva a tranquilidade e o equilíbrio, mas está a ser divulgado em Portugal de forma errada, como uma modalidade “só para a saúde”, esquecendo a sua vertente marcial.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Mobilização mundial contra o trabalho infantil

Eventos no Brasil acontecem entre os dias 6 e 12 de junho

O símbolo do Dia Mundial contra o Trabalho Infantil é um brinquedo multicolorido e cheio de energia, o catavento. Criado no Brasil, como contribuição de uma agência de publicidade à campanha, ele foi adotado pela OIT em todo mundo. O catavento colorido simboliza o respeito à criança e às diversidades de raça e de gênero. Suas cinco pontas representam todos os continentes. Ao girar, elas inspiram a mobilização, a geração de energia capaz de mudar a situação de milhões de crianças exploradas em todo o mundo.

Doze de junho é lembrado como o Dia Internacional contra o Trabalho Infantil em todo mundo. No Brasil, a semana de mobilização é coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A data foi instituída em 2002 em virtude da publicação do relatório da Conferência sobre o Trabalho Infantil em Genebra.

Uma série de importantes eventos acontecerão entre os dias 6 a 12 de junho. O objetivo é chamar a atenção de toda a sociedade durante a campanha. Entre os eventos programados, destaca-se a assinatura de Termos de Cooperação Técnica entre os ministérios envolvidos com a questão (Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Minas e Energia, Saúde, Cultura e Trabalho). São ministérios que adotam políticas sociais específicas, de fortalecimento das ações sócio-educativas e de convivência comunitária, que são fundamentais para eliminar o problema do trabalho infantil na raiz.

Um das ações programadas é a de ampliar o funcionamento do Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) que, em parceria com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), vai capacitar caminhoneiros para identificação de situações de trabalho infantil em todas as regiões do país.

Durante esta semana, haverá eventos ainda no Congresso Nacional, intensificação das ações das Delegacias Regionais do Trabalho, além de atos em vários estados brasileiros. O tema também será abordado por meio de diversos debates na imprensa, especialmente em rádios e TVs.

Para a campanha internacional deste ano, a OIT escolheu como tema o trabalho infantil em mineração, considerada uma das piores formas de exploração de crianças. No Brasil, porém, a mobilização terá como centro a luta contra todas as formas de mão-de-obra infantil. O objetivo é sensibilizar a sociedade civil sobre a importância da infância, como tempo para brincar e aprender. Isso porque o trabalho precoce prejudica a saúde física e emocional e impede, no futuro, uma digna inserção dessas pessoas no mercado profissional.

Referência Internacional

O Brasil é considerado referência mundial no combate à exploração de crianças. É o único país a adotar política específica contra esta mão-de-obra. Além de pagar uma bolsa mensal às famílias dos meninos e meninas, o Peti (programa gerenciado pelo MDS) oferece atividades culturais e esportivas no turno contrário ao da escola. Atualmente o programa beneficia 930.824 crianças e adolescentes entre 7 e 15 anos.

sábado, 31 de maio de 2008

Mais uma Derrota para o Meio Ambiente


A demissão da ministra Marina Silva (PT-AC), no dia 13 de maio, pôs fim a uma gestão marcada pelo esforço de inclusão do desenvolvimento sustentável na agenda federal. Em seus quase cinco anos e meio como titular da pasta do Meio Ambiente, a historiadora enfrentou conflitos com a ala desenvolvimentista do governo e se pautou, sobretudo, pela defesa da floresta amazônica, região onde nasceu e viveu até a adolescência.
Marina Silva obteve reconhecimento internacional ao ter seu nome incluído na lista das “50 pessoas que poderiam salvar o planeta”, divulgada em janeiro deste ano pelo jornal The Guardian e numa relação das dez pessoas que mais lutam pelo ambiente no planeta, anunciada, em 2006, por outro jornal britânico, o The Independent.
A BBC chamou Marina Silva de fiel defensora da floresta amazônica, citou ambientalistas que afirmam que o Brasil deu um passo para trás na questão das florestas e relacionou o aumento do desmatamento na Amazônia à criação de gado. Na notícia, também se salientaram as dificuldades impostas por Marina à construção de hidrelétricas na Amazônia, a nomeação de Unger como coordenador do PAS, a autorização do governo para cultivo de transgênicos e a possível liberação de Angra 3. O texto é claro ao dizer que o presidente Lula deve estar mais preocupado com o desenvolvimento econômico do país do que com o meio ambiente.

domingo, 16 de março de 2008

Como a Perda de Peso Interfere no Desempenho

As pessoas fazem comentários sobre seu peso e sugerem que seu desempenho pode melhorar se você perdesse alguns quilos. Eles estão certos? O que você deve fazer? Antes de pular a próxima refeição, pense nos pontos apresentados a seguir.

Genética e Esportes – Influência no peso corporal
É importante perceber que fatores genéticos têm influência no peso corporal e que nem todos conseguem atingir um peso corporal específico, como descrito no valor de gordura corporal de um livro. É possível, apesar de não ser fácil, modificar a atividade e a dieta para mudar o peso corporal de alguma maneira. A decisão de tentar ou não diminuir o peso corporal também depende da atividade física praticada. Por exemplo, apesar da redução do peso corporal ser útil para um corredor de longa distância, isso pode ter um benefício menos óbvio para o desempenho do arremessador de peso.

A perda de gordura beneficia os atletas?

Baixo peso e/ou baixo teor de gordura corporal pode diminuir o custo energético para movimentar seu corpo. Assim como colocar uma mochila repleta de pedras na suas costas poderem acelerar a instalação da fadiga, a gordura corporal adicional pode dificultar qualquer movimento. Esse excesso também reduz a capacidade de dissipar o calor. Dessa maneira, é mais provável que um praticante de atividade física com excesso de gordura jogando futebol apresente um superaquecimento durante uma treino em um dia quente e úmido que um atleta mais magro fazendo o mesmo exercício. Alguns atletas são parcialmente julgados em função de baixa gordura corporal (ex.: bailarinos, ginastas, fisiculturistas) ou competir em classes específicas de peso.

Os atletas que mais parecem se beneficiar da perda de gordura corporal são aqueles envolvidos em:

* Esportes onde a corrida ou saltos sejam significativos
* Esportes realizados em ambientes quentes/úmidos
* Esportes com categorias de peso


A gordura corporal pode ser útil para atletas?

Um pouco de gordura corporal contribui para que os nadadores bóiem (mas o excesso pode aumentar a resistência). A gordura corporal também pode proteger ossos e órgãos para atletas que praticam esportes de contato. Atletas que maximizam a massa corporal para aumentar o impulso podem se beneficiar da gordura corporal adicional desde que consigam manter a mesma velocidade e potência, apesar do peso extra. Difícil é definir a linha entre o que é adequado e o que é muita gordura.

Dominando os objetivos quanto ao peso corporal

O objetivo com relação ao peso corporal também deve basear-se na história do peso, atividade física e posição e composição corporal atual. Essa decisão deve ser feita com o aconselhamento de um profissional cuja principal preocupação seja a saúde de um atleta (ex.: médico ou nutricionista), com os dados fornecidos por preparadores físicos ou técnicos e com uma avaliação da composição corporal. O American College of Sports Medicine recomenda que a gordura corporal não seja menor que 5% para atletas homens e 10-12% para atletas mulheres. Observe que esses valores se aplicam aos adultos; a perda de peso em adolescentes deve ser feita de maneira cuidadosa para não prejudicar o crescimento e nem o desenvolvimento. Com exceção de uma criança obesa, a perda de peso em uma criança praticante de atividade física não deve acontecer nunca. O praticante de atividade física deve passar por uma consulta com um profissional, como um preparador físico ou um nutricionista com relação aos objetivos de peso corporal e para decidir se deve ou não tentar diminuir o peso.

Depois que decidir perder peso, o praticante de atividade física deve passar por uma avaliação completa (saúde, alimentação e atividade) e o plano deve ser desenvolvido para atingir o objetivo. Educação e materiais relevantes devem ser apresentados ao praticante de atividade física com freqüentes reuniões de acompanhamento para modificar o plano conforme necessário.

Uma sigla, GOADA, enfatiza os principais pontos para a perda de peso para praticante de atividade física:

Gradual - É mais provável que a perda de peso rápida cause perda de tecido muscular e ósseo, além do combustível carboidrato. Também promove alterações indesejadas nos hormônios, taxa metabólica, energia e humor.

Off-season (Fora da temporada) - Se possível, a perda de peso significativa deve acontecer fora da temporada para evitar que a energia seja drenada e comprometa o treinamento e o desenvolvimento das habilidades durante as competições.

Atividade – Alguns praticante de atividade física podem conseguir aumentar a queima de calorias acrescentando o condicionamento aeróbico.

Dieta – Para muitos, a dieta deve ser o foco nos esforços para perda de peso. As pesquisas mostram que uma dieta com teor adequado de carboidratos (6-8 g/kg), proteínas (1,5-2 g/kg), vitaminas e minerais (no mínimo 100% da RDA) e baixo teor de gordura (15-25% do total calórico), com aproximadamente 500 Kcal a menos do que seria necessário para manter o peso é a melhor forma para acelerar perda de peso.

Evitar – Apesar de serem uma tentação para obter resultados rápidos, a desidratação, dietas da moda, suplementos e medicamentos nunca devem ser usados para perda de peso. O CDC - Center for Disease Control já fez muitos relatórios sobre reações adversas à saúde e mesmo morte devido ao uso da efedrina, presente em muitos suplementos vendidos para perda de peso sem necessidade de prescrição médica. A desidratação reduz o desempenho, aumenta o risco de doenças provocadas pelo calor e já contribuiu para a morte de atletas em esportes com categorias de peso e de endurance.

Portanto, antes de tomar qualquer atitude sobre seu peso, faça uma consulta com profissionais para decidir se você deve perder peso ou não. Fale com seu nutricionista esportivo ou com o preparador técnico para estimar sua gordura corporal e o peso máximo saudável. Trabalhe com o nutricionista para desenvolver um plano alimentar que reduza um pouco sua ingestão calórica e paralelamente aumente suas atividades diárias. A perda de peso pode beneficiar o desempenho de alguns atletas, mas pode ter o efeito oposto se usado de maneira não-inteligente.

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domingo, 9 de março de 2008

MITOS & VERDADES

Eis os temas para os trabalhos de grupo do primeiro bimestre:

1. Guerra dos Sexos.
2. Guerra das Torcidas.
3. Obesidade & Distúrbios Alimentares.
4. Escolaridade & Sucesso.
5. Sexo Seguro & DST
6. Esporte É Saúde

Lembrem-se:
Os trabalhos se dividem em:
# parte escrita (digitada), valendo 5 pontos, comum a todos os membros do grupo.
# apresentação oral, valendo 5 pontos, individual, segundo a participação de cada um.

Sejam criativos: provoquem a discussão entre os colegas, destacando mitos (senso comum) e verdades (comprovação).

Os melhor trabalho de cada tema, entre todas as nossas turmas, será publicado aqui no nosso Blog.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

DOENÇAS SEUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

HERPES GENITAL


Conceito
Infecção recorrente (vem, melhora e volta) causadas por um grupo de vírus que determinam lesões genitais vesiculares (em forma de pequenas bolhas) agrupadas que, em 4-5 dias, sofrem erosão (ferida) seguida de cicatrização espontânea do tecido afetado. As lesões com frequência são muito dolorosas e precedidas por eritema (vermelhidão) local. A primeira crise é, em geral, mais intensa e demorada que as subsequentes. O caráter recorrente da infecção é aleatório (não tem prazo certo) podendo ocorrer após semanas, meses ou até anos da crise anterior. As crises podem ser desencadeadas por fatores tais como stress emocional, exposição ao sol, febre, baixa da imunidade etc.
A pessoa pode estar contaminada pelo virus e não apresentar ou nunca ter apresentado sintomas e, mesmo assim, transmití-lo a(ao) parceira(o) numa relação sexual.

Sinônimos
Herpes Genital

Agente
Virus do Herpes Genital ou Herpes Simples Genital ou HSV-2. É um DNA vírus.


Observação: Outro tipo de Herpes Simples é o HSV-1, responsável pelo Herpes Labial. Tem ocorrido crescente infecção genital pelo HSV-1 e vice-versa, isto é, infecção labial pelo HSV-2, certamente em decorrência do aumento da prática do sexo oral ou oro-genital.

Complicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Infecções peri e neonatais. Vulvite. Vaginite. Cervicite. Ulcerações genitais. Proctite. Complicações neurológicas etc.

Transmissão
Frequentemente pela relação sexual. Da mãe doente para o recém-nascido na hora do parto.

Período de Incubação
1 a 26 dias. Indeterminado se se levar em conta a existência de portadores em estado de latência (sem manifestações) que podem, a qualquer momento, manifestar a doença.

Tratamento
Não existe ainda tratamento eficaz quanto a cura da doença. O tratamento tem por objetivo diminuir as manifestações da doença ou aumentar o intervalo entre as crises.

Prevenção
Não está provado que a camisinha diminua a transmissibilidade da doença. Higienização genital antes e após o relacionamento sexual é recomendável. Escolha do(a) parceiro(a).



Fonte: www.dst.com.br

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Mente e Corpo em Movimento

Existem técnicas que nos oferecem a possibilidade de aprender a organizar e harmonizar mais conscientemente a relação entre a mente, o corpo e o ambiente em que vivemos.
Somos seres de hábitos. Agimos, constantemente, por hábito.
Muitas vezes fazemos coisas que, se pudéssemos escolher, não
faríamos. Se tivéssemos maior consciência de que podemos exercitar um
pouco mais efetivamente nosso livre-arbítrio, poderíamos escolher,
por exemplo, contrair menos grupos musculares para desempenhar
determinadas atividades. Ou nos esforçaríamos menos para
corresponder às expectativas dos outros; talvez tivéssemos maior
habilidade para estarmos conectados com o presente.
Porém, a nossa falta de capacidade de exercitar o livre-arbítrio
reside no fato de que somos escravos de nossos hábitos. Nossa
forma de pensar, o que cremos, são cristalizados em, e por, nossos
hábitos. Por outro lado, todas as nossas atividades, sejam elas
emocionais, físicas ou mentais são traduzidas em contrações musculares.

É exatamente nesse âmbito que técnicas como a Técnica Alexander, a Meditação, a Ioga, o Qigong e o Taijiquan podem ser muito valiosas, ajudando-nos na prática do autoconhecimento sem exercícios físicos puramente mecânicos. Incorporar sua prática na nossa vida
diária nos traz muitos benefícios: melhora a nossa saúde e bem-estar,
além de potencializar nossos talentos.
Equilíbrio mental, físico, emocional e energético
Poderíamos começar a entender um pouco essas técnicas esclarecendo o conceito de postura.
Postura pode ser entendida como uma atitude interior, psicofísica,
inconsciente, pela qual tentamos nos equilibrar para melhor
desempenhar nossas tarefas diárias.
O que tradicionalmente compreendemos como má postura é apenas
um entendimento limitado, e equivocado, de um quadro mais
complexo que inclui nosso mental, nosso emocional e energético e
não somente o físico.
Andar ou sentar torto de uma maneira menos apropriada, que mais
cedo ou mais tarde nos causará dores nas costas, limitando a
respiração e movimento, é só a resposta física da nossa atitude
interior.

Nossa estrutura óssea tem, entre outras, a função de promover
espaço dentro de nossa musculatura.
O esqueleto é uma estrutura vertical, articulada que para estar
equilibrada é necessário que consigamos manter alinhadas as
articulações dos tornozelos, joelhos, coxo-femural e
fundamentalmente a atlanto-occipital (da cabeça sobre a coluna).
Simbioticamente, conforme conseguimos dar atenção (a-tensão)
para equilibrar nosso esqueleto, menos esforço será necessário por
parte da musculatura, para nos mantermos equilibrados.
Se estamos equilibrados, nossa musculatura está tonificada e,
portanto, não tensionada desnecessariamente. Isso produz uma
sensação de bem-estar enorme.
Para conseguirmos estar equilibrados constantemente, enquanto
nos movimentamos executando nossas tarefas diárias, faz-se
necessário desenvolver e praticar uma constante, consciente e
relativa atenção: uma expansão da concentração.
Ação-com-centro. Isso poderia significar o eu, que faz qualquer
atividade, no centro de cada ação por mim desempenhada ao invés
de considerar a atividade em questão o meu foco absoluto.

Má postura pode ser resumida como equilíbrio precário.
Nosso estado emocional faz parte dessa relação simbiótica entre
corpo, mente e o ambiente em que vivemos. Ele expressa nossa
personalidade: no nosso corpo, nos nossos movimentos,
comportamento e intenções.
Quando estamos nos sentindo bem, nossa saúde parece estar boa e
sentimos nossos movimentos livres.
Por outro lado, distorções geradas por contrações musculares
desnecessárias, enquanto tentamos nos manter equilibrados,
afetam negativamente nosso estado emocional.

O estresse, por exemplo, não é um problema. O estresse é a
resultante de um acúmulo de respostas traduzidas em contrações
musculares.
O problema é a nossa falta de habilidade de inibir (na acepção
fisiológica, e não freudiana, da palavra) para escolher, as
respostas que realmente queremos consentir aos estímulos dados.

Por nos preocuparmos mais com nossas tarefas diárias do que com
nosso bem-estar, esquecemos que a felicidade, assim como o
equilíbrio, está em toda a parte. E por querermos sempre atingir
resultados positivos, digamos, nos sentir equilibrados, quando
achamos que atingimos o equilíbrio, nos fixamos para garanti-lo.
Desta forma, paradoxalmente, perpetuamos as desnecessárias
contrações musculares.
Nosso pescoço pode ser considerado como um órgão de equilíbrio.
Contraí-lo desnecessariamente altera nosso senso de equilíbrio. Por
ainda não termos aprendido, consciente e eficientemente, a
equilibrar nossa cabeça sobre a coluna vertebral, tensionamos
nosso pescoço. Aprender a observar a condição de nosso pescoço e
sua coordenação com a cabeça, tronco e membros, pode contribuir
para a eficácia de nosso eqüilíbrio melhorando assim a qualidade de
nossos movimentos.
Precisamos aprender a trocar um relativo estado de medo (por
exemplo: de cair) em que vivemos (pois tensionamos nosso
pescoço para nos dar a sensação de estarmos equilibrados e
seguros, em última instância, para prevenir que caiamos) por um
relativo estado de alerta, sem perdermos a espontaneidade dos
movimentos e das reações.
Esse relativo estado de alerta contribui para aprendermos a nos
adaptar às inevitáveis mudanças impostas pelo nosso dia-a-dia.
saúde:
Enquanto, inconscientemente contraímos sem necessidade nossos
músculos, criamos também pressão sobre todos os "tubos" que
conduzem o ar e os fluidos necessários para garantir uma boa
irrigação tanto aos órgãos e sistemas circulatório e respiratório,
como também ao sistema linfático, alterando a pressão arterial,
dificultando a circulação, a respiração e, por conseqüência, a
oxigenação do cérebro. E a partir daí, com resultados diretos nas
funções vitais, promovendo alterações significativas do nosso nível
de energia.
Potencializa nossos talentos:
Quanto mais eficazmente desempenharmos nossas funções básicas,
de equilíbrio mental, físico e energético, mais equipados estaremos
para desempenhar bem o que nos propusermos a fazer.
As idéias fluem melhor, nossos membros obedecem melhor às
nossas vontades, e nossas energias internas intuitiva, emocional e
mental ficam mais conectadas com nossas intenções.
Donas-de-casa, músicos, atores, esportistas, artistas plásticos,
pscicólogos, homens de negócios, entre outros, se utilizam muito da
Técnica Alexander e do Taijiquan para melhorar o desempenho em suas
atividades.
Aprender tais técnicas é transcender à repetição de
exercícios físicos mecânicos para sentar bem ou andar
corretamente. É praticar no dia-a-dia a expansão da concentração e
da conscientização das próprias atitudes, contribuindo para nos
manter equilibrados, o que por sua vez, tonifica nossa musculatura
como um todo ao invés de simplesmente relaxá-la.
Esse sistema é o mais eficiente recurso que temos não só para
curar alguns males comuns do nosso tempo, como também, e
principalmente, para prevenir potenciais doenças.

"Podemos dizer que sofremos, porque somos criaturas construídas
para o movimento. Tudo em nossa vida é movimento. Temos que
mobilizar nosso peso e controlá-lo, e fazemos isso pela energia.
Portanto, aprender a usar-se a si mesmo de maneira eficiente é
aprender a regular direção e controle da fluência de energia." W.M.
Carrington (1905-2005, proeminente professor inglês, aluno e
assistente de F. M. Alexander, aplicou e ensinou sua técnica por 66
anos).

Adaptado de Reinaldo S. Renzo
www.PensarEmAtividade.net

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Bem-Vindo

Este Blog é destinado aos alunos de Educação Física do Prof. Hay no Liceu Nilo Peçanha.
PARTICIPE!

Destaque: Ilusión